No dia 2 de agosto, às 11h, será realizada uma marcha em defesa da liberdade na República de Annobón em frente à Embaixada da Guiné Equatorial em Madrid, localizada na Avenida de Pío XII, 00, Chamartín, 14 Madrid, Espanha. O apelo, sob o lema #AllSomosAnnobon, procura tornar visíveis as graves violações dos direitos humanos perpetradas pelo regime de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo e exigir o respeito pela soberania da ilha.
A situação em Anobon
Nos últimos dez anos, Annobón testemunhou a devastação causada pelas explosões utilizadas para destruir pedreiras para extrair os poucos minerais disponíveis na ilha. Estas detonações destruíram casas e o ambiente natural, gerando uma resistência forte mas pacífica entre os Anoboneses. A resposta do regime tem sido brutal: raptos, tortura e repressão violenta contra aqueles que se opõem aos seus planos.
Sequestros e tortura
A comunidade internacional denunciou repetidamente as violações dos direitos humanos na Guiné Equatorial. Os anoboneses que ousaram levantar a voz contra as detonações foram transferidos à força para Malabo, onde sofreram violências e detenções sem garantias legais. O isolamento da ilha agrava a situação, sem telefone nem internet, deixando os seus habitantes vulneráveis e sem possibilidade de denunciar as atrocidades que enfrentam.
Call to action
A marcha de 2 de Agosto é uma oportunidade para a comunidade internacional e os defensores dos direitos humanos mostrarem a sua solidariedade para com os ilhéus. É essencial que os abusos sejam denunciados e que se exija o respeito pelos direitos humanos e pela soberania da República de Annobón.
“É hora de o mundo conhecer a realidade de Annobón e de tomar medidas para proteger os seus cidadãos”, declarou um dos organizadores da marcha. “Não podemos permitir que as atrocidades do regime de Obiang continuem impunes.”