Jornalista norte-americano publicou documentário sobre a luta pela independência da República de Annobón

Fredo Rockwell, jornalista americano radicado na Grã-Bretanha e renomado YouTuber, lançou recentemente um documentário que cobre a luta pela independência da República Annobón. O vídeo documenta o acontecimento do segundo aniversário da proclamação da independência do povo anoboneso, realizado em Madrid, Espanha.

Durante o documentário, Fredo Rockwell apresenta uma descrição detalhada das razões da independência da República de Annobón. Explica que a ilha, oficialmente parte da Guiné Equatorial, tem enfrentado condições deploráveis, como falta de electricidade, de água potável e de acesso a serviços básicos como saúde e educação. Além disso, denuncia que empresas estrangeiras foram contratadas para despejar resíduos tóxicos e nucleares perto da ilha.

Um dos destaques do vídeo aconteceu quando Rockwell Foi nomeado cidadão honorário da República de Annobón pelo seu apoio e cobertura da causa da independência. Também digna de nota é a declaração do ditador da Guiné Equatorial como persona non grata em Annobón, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.

O documentário mostra tanto a celebração do aniversário, que incluiu discursos de líderes anoboneses no exílio, como uma reflexão sobre a repressão que o regime de Obiang exerceu contra os habitantes de Annobón. A repressão, como explica Rockwell, intensificada após a publicação de uma carta de cidadãos anoboneses que denunciavam a destruição da sua ilha através de detonações para projectos de infra-estruturas.

O vídeo termina com um apelo à comunidade internacional para que apoie o povo de Annobón na sua luta pacífica pela autodeterminação, destacando as recentes torturas e detenções sofridas pelos anoboneses às mãos do regime.

O documentário, disponível no YouTube, oferece um olhar atento e empático sobre uma das lutas pela independência mais ignoradas no continente africano. «O que estamos testemunhando em Annobón é um povo que foi esquecido pelo seu próprio governo, mas que continua a lutar pela sua dignidade e pelo seu direito de existir. A independência de Annobón não é apenas um símbolo, é uma necessidade para a sua sobrevivência”, explicou o jornalista.

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