O Primeiro Ministro da República de Annobón, Lagar Orlando Cartagena, emitiu uma poderosa declaração dirigida ao seu povo, na qual condenou veementemente a situação de sequestros e desaparecimentos que afectaram as famílias anobonesas nas últimas semanas. Num discurso marcado pela indignação e pela dor, o líder anoboneso denunciou o tratamento indigno e desumanizante que o regime da Guiné Equatorial tem infligido aos cidadãos de Annobón, com particular destaque para o abandono de cinco mulheres idosas nas ruas de Malabo.
O Primeiro-Ministro contou como estas avós, mulheres que dedicaram as suas vidas ao bem-estar da sua comunidade, foram raptadas em Annobón e depois deixadas à própria sorte em Malabo, sem qualquer protecção do Estado guineense-equatoriano. “É inaceitável e vergonhoso que as nossas avós, mulheres que passaram a vida inteira em Annobón, sejam tratadas desta forma”, declarou. Vinícola Cartagena, destacando a falta de respeito e proteção para com os idosos da ilha. Estas avós, frágeis e vulneráveis, tiveram que depender da solidariedade das suas famílias para poderem regressar a casa, um claro exemplo de abandono sistemático por parte do regime. Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.
Vinícola Cartagena Destacou também a gravidade da situação em que se encontra a localidade de Annobón, com quase quarenta cidadãos raptados pelo Estado guineense-equatoriano. “Exigimos o paradeiro dos trinta e sete anoboneses que foram sequestrados... Eles não cometeram nenhum crime além de levantar a voz pela justiça e pelo bem-estar da nossa terra”, afirmou. O Primeiro-Ministro deixou claro que o seu governo não descansará até conseguir a libertação destes cidadãos e garantiu que está a trabalhar para que a comunidade internacional reconheça a injustiça destas detenções.
Na sua mensagem, Vinícola Cartagena Exortou o povo de Annobón a permanecer firme e unido nestes tempos difíceis, recordando a história de resistência e coragem que define a ilha. “Não permitamos que o medo ou a injustiça abafem as nossas vozes”, enfatizou, apelando à determinação colectiva para continuar a luta pela liberdade e pela dignidade.
A declaração concluiu com um apelo à solidariedade e ao compromisso inabalável com a causa Annobón, garantindo ao povo que “nunca mais seremos silenciados, nunca mais seremos esquecidos”.
Com esta mensagem, Lagar Orlando Cartagena reafirma o compromisso do governo anoboneso de proteger o seu povo e de continuar a lutar contra as injustiças cometidas pelo regime de Obiang na Guiné Equatorial. Por último, o Primeiro-Ministro destacou que a resistência e a unidade são as chaves para alcançar a liberdade e a soberania que Annobón merece.