A República de Annobón, uma ilha brutalmente submetida ao regime da Guiné Equatorial, atravessa uma grave crise humanitária. Embora os seus habitantes não tenham acesso a água potável, electricidade ou serviços básicos como educação ou saúde, a ditadura de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo Insiste em vender uma imagem de prosperidade muito distante da realidade.
Neste contexto o Primeiro Ministro da República de Annobón Lagar Orlando Cartagena, denunciou a gravidade da situação através da sua conta no Twitter: “O abandono e a falta de infra-estruturas obrigam os anoboneses a fazerem as suas necessidades ao ar livre, nas praias e nas florestas. A população sobrevive sem água potável nem luz, mas o tirano anuncia a inauguração de um hotel 5 estrelas na ilha. “Que cinismo.”
Esta contradição entre a miséria da população e os luxos que o regime de Obiang exposição gera indignação na população. Enquanto o ditador celebra a inauguração de um hotel cinco estrelas, a realidade quotidiana dos anoboneses continua marcada pela escassez. A elite, relacionada com o grupo étnico Fang que controla o regime com mão de ferro, goza de privilégios óbvios, enquanto a maioria mal sobrevive.
Vinícola Cartagena Salientou também como o regime submeteu a ilha ao controlo total, isolando a população de qualquer comunicação externa. “Wi-Fi exclusivo para escritórios PDGE, ligações internacionais fora de cobertura e proibição de falar sobre Ambô Legadu em Pale. A população de Annobón está presa no seu próprio território, ou seja, a ilha de Annobón tornou-se a prisão do povo anobonense”, escreveu, lembrando a proibição do uso de serviços de Internet e telefone entre a população anobonesa.
Mas a repressão sobre a população anobonesa não se limita apenas à censura e ao isolamento. O Primeiro-Ministro detalhou o processo de constante repressão e perseguição que abala a ilha: “Annobón caminha para a sua libertação e enquanto isso, os fantasmas da fantasia proclamam o bem-estar no meio da repressão, perseguição, discriminação étnica e lento genocídio contra os Annobon população”. Estas práticas de perseguição étnica têm sido uma constante na relação do regime de Obiang com os anoboneses, que historicamente marginalizou.
Vinícola Cartagena acusou o regime de Obiang de “terrorismo internacional contra Annobón”, já que para os Anoboneses, a relação com o regime central não representa apenas submissão política, mas também uma espécie de “invasão” que ameaça destruir a sua identidade cultural e territorial.
Apesar das dificuldades, a resistência anobonesa continua forte. Vinícola Cartagena Assegurou que “Annobón tem um governo livre, determinado e sem vínculos com a corrupção. Ele tem o povo como arma de luta e Ambô Legadu como guia para a liberdade. O preço dessa luta é TUDO.” Esta declaração reflecte a vontade do povo anoboneso de continuar a sua luta pela independência e pela justiça, apesar do custo que isso implica.
No seu apelo final, a autoridade anononesa expressou: “Chega de dinamites, chega de repressão e respeito pela nossa decisão”. A luta pela liberdade de Annobón está em curso e a população exige não só a retirada do regime, mas também um profundo respeito pela sua autodeterminação e pelos seus direitos básicos.