Num comunicado recente, o governo da República de Annobón exigiu a saída imediata da ilha de Salvador tardio, Diretor de Pedreiras da SOMAGEC e sucessor de Dominic Spadafora. Este apelo à acção revela uma crise grave e multifacetada num contexto de repressão.
A declaração do governo Annobón destaca que Spadafora, antecessor de Atrasado e infelizmente famoso pelo seu papel na colocação de dinamite no território, causou "danos irreparáveis ao nosso ambiente, às nossas comunidades e ao nosso futuro". Esta afirmação baseia-se nos explosivos plantados pela empresa SOMAGEC na ilha, que devastaram áreas de biodiversidade crítica e colocaram em perigo a vida dos residentes locais. “As atividades que supervisionou não só destruíram a paz e a estabilidade da nossa ilha, mas também colocaram em perigo a vida e o bem-estar dos nossos cidadãos”, afirma o comunicado.
A crise em Annobón não é um caso isolado. Está intimamente relacionado com a ditadura liderada por Teodoro Obiang Nguema Mbasogo na Guiné Equatorial, que permite e incentiva estes abusos ambientais e sociais de acordo com os caprichos do momento.
Na sua declaração, o governo anoboneso alerta Atrasado que, se não abandonar imediatamente as suas responsabilidades e a ilha, será declarado "persona non grata" e enfrentará consequências jurídicas quando recuperar o controlo do seu território. “Este é o único apelo à razão e à responsabilidade”, conclui a declaração.
A denúncia do governo Annobón é um convite à reflexão e à ação. A crise na ilha sublinha a necessidade urgente de um compromisso internacional para deter o regime Obiang e garantir a proteção dos direitos humanos e do meio ambiente. A luta pela justiça e pela sustentabilidade da República Annobón não afecta apenas os seus habitantes, mas também tem implicações para a comunidade global como um todo.