O destino e a integridade dos trinta e sete raptados pelo regime da Guiné Equatorial estão mais uma vez nas notícias. Segundo as informações que AMBÔ LEGADU teve acesso, os detidos, cujo paradeiro era desconhecido nas últimas horas, foram divididos em dois grupos: os presos em Annobón e os capturados em Malabo e Bata.
Os primeiros foram isolados numa espécie de sala subterrânea na capital da Guiné Equatorial, enquanto os segundos foram transferidos para uma prisão localizada em Río Muni. No entanto, este meio não conseguiu determinar com certeza em qual das prisões do continente se encontram, uma vez que não existe informação pública oficial e precisa sobre estas instalações. Na verdade, vale lembrar que o regime de Obiang tem sido historicamente criticado por campanhas de detenção em massa, especialmente durante operações policiais que levam à prisão de muitas pessoas sem julgamento, como neste caso.
No entanto, descobriu-se que a prisão em questão é notoriamente temida pelas suas duras condições, havendo rumores de que quem lá entra não sai com vida.
UM ATO DE IMPUNIDADE QUE JÁ DURA MAIS DE TRÊS SEMANAS
Este drama começou em 18 de julho, quando um grupo de anoboneses foi preso injustamente após participar de uma manifestação pacífica na ilha de Annobón. O protesto exigia o fim do uso de dinamite na ilha, o que levou a uma campanha de sequestros ilegais sob a acusação de incitar à separação do território da Guiné Equatorial.
Os familiares dos detidos, mergulhados no desespero, vivem em absoluta incerteza. Inicialmente foram informados de que os detidos foram levados para Black Beach, uma prisão famosa pelas suas condições extremas. Lá, suas cabeças foram raspadas e eles vestiram roupas de prisioneiros. No entanto, desde a sua transferência para esta prisão, o destino destes homens e mulheres é desconhecido.
A situação dos detidos é grave; Descobriu-se que foram interrogados impiedosamente e mantidos sem acesso a comida ou água. Os familiares exigem respostas, enquanto o juiz responsável pelo caso decretou a prisão provisória, deixando os detidos num limbo jurídico e físico pelo qual ninguém parece ser responsável.
O caso das trinta e sete pessoas raptadas reflecte não só uma grave violação dos direitos humanos, mas também uma crise social na Guiné Equatorial, onde a incerteza e o desespero tomaram conta das famílias dos detidos enquanto o mundo observa os acontecimentos com preocupação crescente.